Reflexões sobre a Semana Santa

Na tradição cristã a Semana Santa é a “Grande Semana”. Os cristãos revivem o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta é uma ocasião única para contemplar, refletir e rezar o mistério de amor de Deus em favor da humanidade. Mistério de amor que tem em seu centro a cruz e o Crucificado.

Preparando-os para viver com fé esta Semana Santa, leiamos estas reflexões deixadas por São João Batista Scalabrini em suas pregações:

“Jesus crucificado é o centro do universo. É a aliança preciosa que une a obra do Onipotente ao Criador Divino. É a meta de todas as produções e de todos os desígnios da Providência. É a razão suprema, última de todos os alvos de Deus sobre a humanidade redimida, que longe d’Ele, tomasse em si mesma, imagem de um cego, que vacila e cai sob os raios do mais esplêndido sol; é a norma de todo verdadeiro progresso social, sendo Ele a verdadeira luz que ilumina todo homem, e a sociedade toda”.

Discurso sobre o SS. Crucifixo, 1880 (AGS 3017/3).

“Cristo vence, Cristo reina, Cristo triunfa. Temos também hoje, uma prova, em meio aos cataclismas da história, em meio aos frangalhos dos centros e das coroas, entre o nascer e a morte das instituições humanas, entre o surgir e o desaparecer de todas as heresias, entre o bramir dos mares bravios, no enfurecer do turbilhão, está a cruz. A cruz, farol de luz inextinguível, árvore da nossa salvação, troféu glorioso purpurado com seu divino sangue: “A cruz fica em pé enquanto a terra gira”.

44 Discurso pelo VIII Centenário da 1ª Cruzada, 1896 (AGS 3018/26).

“A cruz nos grita Amor: A cruz grita: amor que se fez vítima de expiação por ti, que a tal ponto te amou até morrer por ti sobre um patíbulo; mas não compreende este grito quem não repete com o Apóstolo: “o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” A cruz é a escola mais segura do Amor. Cuidado, pois, se no correr dos dias, esqueceis o mistério da cruz, mostrareis que vosso coração não arde de amor, que transcurais o grande preceito que nos obriga a colocar, em Jesus Cristo, todos os nossos afetos e a estabelecer em vosso coração o seu reino, que é o reino do amor. Amai Jesus, então compreendereis que o povo cristão, o povo dos crentes, compõe-se unicamente daqueles que honram, que amam a Cruz, ou morrem nela”.

Discurso de 13-4-1865 (AOS 3017/3).


“Jesus é o grande modelo da vida cristã; modelo, ó meus queridos, tão essencial que, como atesta São Paulo, na semelhança com Ele consiste o segredo da nossa predestinação. Que vida teve Ele para subir ao céu? De riqueza, de glória, prazer, ou de pobreza, humilhação e dor? Toda a sua vida, escreve Crisóstomo, não foi senão cruz e martírio! Desde o primeiro até o último instante, quanta miséria, quantos aborrecimentos, quantas fadigas, quantas perseguições, quantas calúnias, quanto sofrimento, quantas dores! E como, depois disto, não reconhecer na penitência, o verdadeiro bem, o caminho breve, seguro, único de nossa salvação?”

A penitência cristã. Placência, 1895, p. 9.

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