Celebrando o Dia Mundial do Refugiado, a Associação dos Missionários de São Carlos – Peru promoveu um debate na Universidade Sedes Sapientiae em Lima com o objetivo de fomentar e fortalecer alianças entre o Estado, organizações internacionais, organizações civis, a sociedade em geral, a Igreja Católica e a comunidade acadêmica.
De acordo com o Padre Luiz Carlos Do Arte, CS, os participantes refletiram a importância da empatia no encontro com o outro e o acompanhamento próximo para a restauração e o fortalecimento da resiliência que uma ação gera. “Para isso, é fundamental influenciar os governos para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas alinhadas com os ODS 2030. Também refletimos sobre o convite do Papa Francisco para não perder de vista a dignidade de cada pessoa e ‘para não deixar ninguém para trás’, fazendo concretamente o chamado para caminharmos juntos superando muros e construindo pontes que promovam a integração”, ressalta.
O Padre ainda afirmou que, nas leituras feitas sobre a realidade da mobilidade humana, é preciso considerar que estamos diante de movimentos mistos, por isso, não existe uma abordagem única para ler e compreender a realidade dos refugiados e migrantes. Portanto, a reflexão e a compreensão precisam de uma abordagem diferenciada para gerar narrativas positivas que vão além dos discursos centrados nos problemas dos migrantes e refugiados. É preciso tratar o fenômeno migratório como riqueza e oportunidades, que são o resultado do encontro com o outro, gerando empatia e restabelecendo capacidades cognitivas, afetivas e comportamentais para um enfrentamento positivo da realidade de cada pessoa neste processo de mobilidade humana.
“Numa perspectiva eclesial, motivada pela mensagem do Papa Francisco para a 110ª Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, na qual nos convida a caminhar juntos como Igreja Sinodal, povo de Deus a caminho com a certeza de que Deus caminha com seu povo, a Associação Scalabrini motivou os presentes a continuar gerando estes espaços de encontro, participação, comunhão e missão que conduzem a uma ação concreta de acolhimento e integração nas comunidades em que nos encontramos”, conclui.
