
O número de pessoas deslocadas internamente no mundo chegou a 83,4 milhões em 2024, segundo o Relatório Global sobre Deslocamento Interno (GRID) 2025, divulgado pelo Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC), do Conselho Norueguês para Refugiados (NRC).
De acordo com o documento, foram registrados 65,8 milhões de novos deslocamentos internos no ano passado: 45,8 milhões causados por desastres naturais e 20,1 milhões por conflitos e violência. Entre os desastres, 54% foram provocados por ciclones. Vinte e nove países relataram números recordes de deslocamentos por eventos climáticos.
Os Estados Unidos lideraram os deslocamentos por desastres, com mais de 11 milhões de registros. Em seguida aparecem Filipinas (8,9 milhões), Índia (5,4 milhões), China (3,9 milhões) e Bangladesh (2,4 milhões).
Entre os deslocamentos causados por conflitos e violência, os países mais afetados foram a República Democrática do Congo (5,3 milhões), Sudão (3,7 milhões), Palestina (3,2 milhões), Mianmar (1,2 milhão) e Líbano (1 milhão).
Ao final de 2024, 73,5 milhões de pessoas permaneciam deslocadas por conflitos, número 10% maior do que em 2023. O Sudão concentrava o maior contingente, com 11,6 milhões de pessoas afetadas pela guerra civil iniciada em 2023 entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido (FSR). Em seguida aparecem Síria (7,4 milhões), Colômbia (7,3 milhões), República Democrática do Congo (6,2 milhões) e Iêmen (4,8 milhões).
O total de deslocados por desastres ao final de 2024 foi de 9,8 milhões, alta de 29% em relação a 2023. Os países com os maiores números foram: Afeganistão (1,3 milhão), Chade (1,2 milhão), Filipinas (1 milhão), Etiópia (757 mil) e Somália (733 mil).
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.
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