Nasce Carlos Borromeu em Arona, Itália. De família importante, o pai Gilberto Borromeu, e a mãe, Margarida de Médici. Seu tio materno, João Ângelo de Médici, foi o Papa Pio IV.
São Carlos Borromeu
Carlos Borromeu nasceu em 2 de outubro de 1538, na cidade de Arona, Itália, em uma respeitável família da nobreza. Seu destino estava interligado ao Vaticano, já que seu tio era o Papa Pio IV. Em Roma, ele não apenas aprendeu sobre poder, mas também sobre a fragilidade da vida, especialmente após perder um irmão e um amigo. Essas experiências profundas transformaram sua visão sobre o que realmente importava, levando-o a abdicar de uma carreira ambiciosa em favor de uma vida simples como sacerdote.
Ordenado em 1563, Carlos foi nomeado Arcebispo de Milão apenas um ano depois. Nesse cargo, ele se tornou um agente fundamental das reformas promovidas pelo Concílio de Trento, buscando revitalizar a Igreja e aproximá-la das necessidades do povo. Entre 1569 e 1570, a cidade enfrentou uma grave crise: uma fome devastadora e uma epidemia de peste assolavam Milão. Em um ato de abnegação notável, Carlos não hesitou em socorrer as pessoas que mais sofriam, colocando as necessidades delas acima das suas próprias.
Mesmo diante da doença, em outubro de 1584, Carlos se retirou para fazer exercícios espirituais, acreditando firmemente que “um bom pastor de almas deve saber suportar três febres antes de se meter na cama”. Infelizmente, essa febre não era simples e, em 3 de novembro de 1584, ele faleceu aos 46 anos. Suas últimas palavras, “Eis Senhor, eu venho, vou já”, ecoam até hoje como um testemunho de sua entrega total a Deus.
Carlos Borromeu foi beatificado em 1602 pelo Papa Clemente VIII e canonizado em 1610 por Paulo V, que estabeleceu a festa do Santo para 4 de novembro. Sua obra em Milão deixou uma marca indelével, inspirando reformas na Igreja em diversos países, seguindo o espírito do Concílio de Trento.
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento de Comunicação Regional
Datas importantes
ORAÇÃO A SÃO CARLOS BORROMEU
Glorioso patrono São Carlos, grande amigo de Deus e protetor dos pobres, doentes e desamparados, a exemplo de Cristo te fizeste pobre para melhor servir teus irmãos em suas necessidades, nós te pedimos neste dia que, do céu, continues a abençoaR as famílias e comunidades, a interceder pelos jovens e crianças, fortalecer os missionários e confortar os que padecem toda espécie de sofrimento.
Intercede junto a Deus pelas nossas necessidades e por todos os que invocam tua proteção e querem seguir teu exemplo de vida cristã. Amém.
Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
ORAÇÃO FEITA POR SÃO CARLOS BORROMEU DIRIGIDA AO ANJO DA GUARDA
Meu bom Anjo da Guarda, não sei quando e de que modo irei morrer. É possível que eu seja levado de repente ou que, antes do meu último suspiro, eu me veja privado das minhas capacidades mentais. E há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade… Por isso hoje, com a plena liberdade da minha vontade, venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por mim nesse temível momento. Direis, então, ao Senhor, meu bom Anjo da Guarda:
– Que quero morrer na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, no seio da qual morreram todos os santos, depois de Jesus Cristo, e fora da qual não há salvação.
– Que peço a graça de participar nos méritos infinitos do meu Redentor e que desejo morrer pousando meus lábios na Cruz que foi banhada com o Seu Sangue.
– Que aborreço e detesto os meus pecados que ofenderam a Jesus e que, por amor a Ele, perdoo os meus inimigos, como eu próprio desejo ser perdoado.
– Que aceito a minha morte como sendo da vontade de Deus e que, com toda a confiança, me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração, esperando em toda a sua misericórdia.
– Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu, me disponho a sofrer tudo quanto a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda, ser o meu intérprete junto de Deus e expor diante dEle que estes são os meus sentimentos e a minha vontade. Amém.