A Região Nossa Senhora Mãe dos Migrantes (RNSMM)

Em 1888, os primeiros Missionários Scalabrinianos chegaram ao Brasil, enviados por São João Batista Scalabrini. Eles foram para o Espírito Santo e Paraná, com o propósito de atender aos migrantes italianos. A missão continuou a se expandir com a chegada de novos Missionários. Em 1895, os Scalabrinianos chegaram ao estado de São Paulo e, em 1896, ao Rio Grande do Sul. A missão também se estendeu à Argentina em 1890 e, mais tarde, a outros países da América do Sul, como Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru.

Com o crescimento e a expansão da missão, a Congregação dos Missionários de São Carlos – Scalabrinianos se organizou em três províncias e definiu as áreas geográficas de atuação: Província São Paulo (Brasil e Peru), Província São Pedro (Brasil e Paraguai) e Província São José (Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai).

A globalização e as novas ondas migratórias exigiram que os Scalabrinianos se adaptassem e respondessem de maneira mais eficaz aos desafios da mobilidade humana. As três províncias se uniram e formaram a Região Nossa Senhora Mãe dos Migrantes (RNSMM) em 2013, ainda em fase de experimentação.

Em outubro de 2024, o 16º Capítulo Geral da Congregação confirmou a RNSMM como uma região missionária definitiva. Abrangendo sete países, cada um com suas particularidades, mas todos unidos pelo compromisso de acolher e servir os migrantes, refugiados e marítimos.

A missão da RNSMM é, acima de tudo, uma missão de acolhimento. Em um mundo cada vez mais polarizado, os Scalabrinianos trabalham para promover uma narrativa de abertura e valorização dos migrantes. Sua presença continua a transformar comunidades e a criar um ambiente de amor e respeito ao próximo.

A Região Nossa Senhora Mãe dos Migrantes contribui na resposta que a Congregação a convida a oferecer, como afirma o Projeto Missionário do 16º Capítulo Geral: “Nossa missão permanece atual porque é necessário opor à retórica impregnada de negatividade uma narrativa que valorize os migrantes; às políticas de exclusão e rejeição, políticas de abertura e apreço; às comunidades onde reina a desconfiança, comunidades fundadas na acolhida; ao clima predominante de indiferença, um contexto fundado no amor pelo outro, aquele amor com o qual somos amados por Cristo” (Projeto Missionário Scalabriniano, 4).