A presença dos Missionários de São Carlos na Argentina teve início em 1890, quando Dom João Batista Scalabrini enviou os primeiros missionários, Padre Luigi Wagnest e Irmão Camillo Chiassoni, à Colônia Nossa Senhora de Balvanera, no Estado de Entre Ríos. Após algumas mudanças e dificuldades, a missão inicial foi encerrada em 1906, marcando o fim da primeira tentativa de estabelecer a Congregação no país. Somente em 1940, com a chegada de novos missionários como Pe. Oreste Tondelli e Ir. Eugenio Fagher, a presença Scalabriniana foi retomada e consolidada de forma definitiva.
A missão se expandiu gradualmente, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, com a chegada de mais missionários do Brasil e da Itália. Em 1952, a Missão Scalabriniana na Argentina foi oficialmente reconhecida como Província. O trabalho da Congregação também se estendeu a países vizinhos, como Chile e Uruguai, atendendo às necessidades espirituais e sociais de comunidades migrantes, inicialmente compostas majoritariamente por italianos.
Com o tempo, a atuação dos Scalabrinianos se diversificou para acompanhar os novos fluxos migratórios, abrangendo migrantes de diversas origens latino-americanas, como bolivianos, venezuelanos, peruanos e paraguaios. Foram fundadas paróquias em várias cidades, como Buenos Aires, Mendoza e Bahía Blanca, acompanhadas pela criação de escolas e centros comunitários. A missão pastoral sempre caminhou lado a lado com o compromisso com a educação, cultura, assistência social e formação humana e espiritual dos migrantes.
Atualmente, os Scalabrinianos mantêm um trabalho ativo com migrantes e refugiados, oferecendo apoio jurídico, psicológico, cultural e humanitário por meio de diversos centros de acolhimento e parcerias com organizações como ACNUR e OIM. A missão também inclui o Apostolado do Mar, através do Centro Stella Maris, que atende trabalhadores marítimos de várias nacionalidades. Diante dos novos desafios impostos pelas dinâmicas migratórias globais, a presença Scalabriniana continua sendo um sinal concreto do compromisso da Igreja Católica com os migrantes e marginalizados.