Papa Leão XIV destaca dignidade dos migrantes e reforça missão social da Igreja

O Papa Leão XIV, eleito no dia 08 de maio de 2025, defendeu o respeito à dignidade das pessoas migrantes em seus primeiros discursos como líder da Igreja. A temática migratória esteve presente em ao menos três ocasiões entre os dias 16 e 18 de maio, em encontros com diplomatas, representantes eclesiais e fiéis. As informações são do Vatican News.

Durante a reunião com o corpo diplomático junto a Santa Sé, realizada na sexta-feira, 16 de maio, o Sumo Pontífice afirmou que sua própria história é marcada pela experiência migratória, tanto em suas origens familiares quanto na trajetória eclesial. “Cada um de nós pode se encontrar, ao longo da vida, na sua terra natal ou em uma terra estrangeira: a nossa dignidade, no entanto, permanece sempre a mesma, a de uma criatura querida e amada por Deus”, declarou.

Ao abordar o papel da diplomacia pontifícia, o Papa sublinhou que a Santa Sé não busca privilégios, mas deseja servir à humanidade. “Essa ação combate toda a indiferença e chama continuamente a consciência, como o fez incansavelmente o meu venerado predecessor”, afirmou, referindo-se ao Papa Francisco.

No sábado, dia 17, em encontro com membros da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, Leão XIV voltou a tratar da mobilidade humana como um dos grandes desafios contemporâneos. Citando o conceito de “policrise” usado pelo Papa Francisco, destacou a convergência entre guerras, mudanças climáticas, desigualdades, migrações forçadas e precariedade dos direitos. “A Doutrina Social da Igreja é chamada a oferecer chaves interpretativas que coloquem em diálogo ciência e consciência”, afirmou o Santo Padre.

Durante sua homilia na Missa Inaugural de seu Pontificado, em 18 de maio, domingo, o Papa pediu que a Igreja seja sinal de unidade em um mundo ainda marcado por violência, preconceito e exclusão. Ele reforçou a necessidade de construir contextos sociais em que a dignidade de todos, incluindo migrantes e refugiados, seja protegida.

Leão XIV também afirmou que cabe aos governos promover sociedades pacíficas, investindo em estruturas como a família e combatendo desigualdades que geram exclusão. “Ninguém pode deixar de favorecer contextos em que a dignidade de cada pessoa seja protegida, especialmente a das mais frágeis e indefesas, do nascituro ao idoso, do doente ao desempregado, seja ele cidadão ou imigrante”, concluiu o Sumo Pontífice.


Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.

Foto: Vatican Media.

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