
México, Haiti, Nicarágua, Honduras, Peru, Equador e Guatemala também estão entre os países que mais solicitaram asilo
A Venezuela e a Colômbia foram os países da América Latina com maior número de solicitantes de asilo em 2024, segundo relatório divulgado na última segunda-feira, 3 de novembro, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Juntas, as duas nações concentraram mais de 400 mil pedidos entre os 38 países membros da organização.
De acordo com o documento, a Venezuela liderou o ranking com cerca de 245 mil solicitações de asilo, seguida pela Colômbia, com aproximadamente 157 mil. Também figuram entre os 15 principais países de origem de solicitantes de asilo o México (85 mil), o Haiti (84 mil), a Nicarágua (82 mil), Honduras (79 mil), Peru (59 mil), Equador (53 mil) e Guatemala (49 mil).
A maior parte dos pedidos provenientes da América Latina foi registrada nos Estados Unidos, que concentraram mais da metade das solicitações apresentadas nos países da OCDE. Na Espanha, os requerentes da Venezuela e da Colômbia representaram mais de 60% dos pedidos de asilo em 2024.
O relatório também aponta que, embora os fluxos migratórios para os países da OCDE tenham apresentado leve retração de 4% no último ano, o número de deslocamentos permanece em nível historicamente alto, cerca de 15% acima dos índices de 2019, período anterior à pandemia de covid-19.
Em 2024, os países desenvolvidos receberam 6,2 milhões de novos imigrantes permanentes, pessoas com autorização de residência ou cidadãos europeus, ante 6,5 milhões em 2023, ano considerado recorde pela OCDE.
A migração familiar manteve-se como o principal motivo de deslocamento permanente, enquanto a migração laboral registrou queda de 21% após crescimento contínuo desde 2020.
O relatório destaca ainda que, em média, 77% dos imigrantes estavam empregados e menos de 10% desempregados em 2024. Metade dos fluxos migratórios concentrou-se em cinco países: Estados Unidos, com 1,42 milhão de novos residentes permanentes; Alemanha (586 mil); Canadá (484 mil); Reino Unido (436 mil); e Espanha (368 mil).
A redução dos fluxos migratórios foi mais expressiva em países europeus, com quedas de 12% na Alemanha, 13% na Suécia, 29% na Eslovênia e 41% no Reino Unido.
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, setor de conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.
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