2024 é o ano mais mortal já registrado para migrantes em rotas internacionais, aponta OIM

Pelo menos 8.938 migrantes morreram em rotas migratórias ao redor do mundo em 2024, tornando o ano o mais letal desde o início dos registros da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número supera o recorde anterior de 8.747 mortes em 2023 e confirma uma tendência de aumento contínuo nos últimos cinco anos.

De acordo com a OIM, julho foi o mês mais trágico do ano, com 1.130 mortes e desaparecimentos. A maioria dos óbitos ocorreu na Ásia (2.778), seguida pela África (2.242) e Europa (233). As principais causas de morte incluem afogamentos, acidentes em veículos, falta de abrigo, água e alimentação adequados, além de episódios de violência.

A violência foi responsável por cerca de 10% das mortes desde 2022. Em 2024, destacou-se o cenário asiático, com quase 600 mortes resultantes de agressões em rotas do sul e sudeste do continente.

A OIM alerta que os números reais podem ser significativamente maiores, devido à subnotificação e à ausência de fontes oficiais em diversas regiões. Estima-se que milhares de corpos permanecem desaparecidos no mar ou em áreas remotas, sem identificação.

Desde 2014, mais de 30 mil migrantes perderam a vida durante o deslocamento e não tiveram seus restos mortais recuperados. Apenas nas rotas do Mediterrâneo Central e Ocidental, há dezenas de milhares de famílias que ainda buscam por entes desaparecidos.


Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.

Foto: Adobe Stock.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria.

Concordo