
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, Portugal, teve encerramento no dia 06 de agosto e os integrantes da Juventude Scalabriniana (Juves) que estiveram nesta edição, retornaram ao Brasil com o coração transbordando fé e amor.
Esta foi a primeira vez que os integrantes da Juves participaram da Jornada e para Aliston Balbinotti, 21 anos, da Paróquia Santo Antônio de Guaporé, RS, foi um sonho realizado da melhor maneira possível: “Todos os momentos de cansaço e desgastantes valeram a pena, pois foi a experiência mais incrível que eu já vivi”, enfatiza.
Aliston ressalta que o que mais chamou sua atenção foi a maneira como os jovens se comportavam, pois todos estavam ali pelo mesmo propósito e isso era lindo de ver. Outros fatos importantes que marcaram a experiência do jovem na JMJ, foram as amizades feitas com pessoas de diversos países: “Se comunicar com pessoas que falam outras línguas não é nada fácil, mas a gente conseguia se entender bem e um costume muito legal foi a troca de pulseiras e objetos com pessoas de culturas diferentes, era um gesto para levarmos aquelas amizades para a vida”, conclui.
O Padre Adriano Pires, CS, Coordenador Regional da Animação Vocacional e da Juves, acompanhou os jovens ao lado do Pe. Carlos Barbosa, CS, e afirma que a JMJ superou as expectativas de todos: “Foi a nossa primeira experiência em uma Jornada e fomos surpreendidos positivamente. Não sabíamos como era o nível de troca com jovens de culturas diferentes e nem o que aconteceria de fato na Jornada, mas foi muito melhor do que o que esperávamos. Essa experiência serviu para nutrir a nossa fé, nosso ser acolhedor, o amor pela Congregação e descobrir que somos ainda mais Scalabrinianos e seguimos o legado de Scalabrini”.
Outro integrante da Juves que participou da JMJ foi César Augusto Bagattini, 29 anos, da Paróquia São Pedro de Encantado, RS. Para ele, descrever essa experiência seria impossível: “Eu diria que a Jornada Mundial da Juventude é a vivência, a convivência e a espiritualidade. Nós fomos convidados a viver e sentir todos os dias, seja na via-sacra, na vígilia e em todos os momentos até o encerramento, convivemos em um grupo para além de pessoas da Juves, mas com jovens de todo o mundo, com culturas diferentes e isso tudo fez com que nós vivessemos intensamente essa experiência”, pontua.
César ainda acrescenta que uma das coisas mais bonitas da Jornada é a troca de informações e a interação entre os participantes, pois independente da nacionalidade de cada um, o sorriso no rosto estava estampado, já que a linguagem ‘falada’ era a do amor e carinho em Cristo. Com o fim da JMJ 2023, ele ressalta que o grupo brasileiro retornou ainda mais unido e fortalecido na fé e no amor de Cristo.
A EXPERIÊNCIA
O Pe. Adriano afirma que os dois primeiros dias em Lisboa foram para conhecer a cidade, o local de alojamento, pegar as credenciais e o kit peregrino.
“A missa de acolhida realizada no dia 31 de julho foi uma pré-abertura da Jornada, houve muita integração e partilha entre diversas pessoas de culturas diferentes, mas foi no dia 01 de agosto, com aproximadamente 800 mil jovens na Colina do Acolhimento, que nós sentimos de fato que estavámos participando da JMJ, pois chegar ali foi um dos momentos mais marcantes para nós, uma mistura de emoção e sentimentos bons”, afirma.
Durante os dias de Jornada, houveram muitos momentos de acolhida, interação, fé, mas também tiveram as dificuldades. O Padre explica que, por motivos de segurança, precisaram mudar de alojamento e, por coincidência, foram se hospedar em Amora, local onde a comunidade Scalabriniana está presente.
O destaque que deixou os brasileiros muito felizes e emocionados aconteceu no dia 04, quando viram o Papa Francisco antes da via-sacra: “Nós chegamos um pouco antes e fomos convidados pelos voluntários para ficarmos no cordão de isolamento. Sem dúvidas, estar em uma distância menor que um metro do Papa, foi uma graça e acreditamos que tenha sido proporcionada por Scalabrini. Essa simples passada foi um momento único para único todos os jovens da Juves, pois ver o Papa simboliza uma energia que passa a convicção e o amor de cada jovem que acredita em uma igreja diferente e acolhedora” finaliza.
O Padre ainda ressalta que durante o momento da adoração com mais de 1,5 milhão de pessoas na vígilia, no dia 05, era possível ouvir os grilos cantando: “Isso foi muito comentado por todos depois, pois apesar da quantidade de jovens presentes no local, a concentração e o respeito prevaleceu”.
PRÓXIMA JORNADA
A próxima edição da JMJ será realizada em Seul, capital da Coreia do Sul, em 2027. O evento retorna à Ásia após 30 anos.
O Pe. Adriano afirma que o objetivo é participar da próxima edição da JMJ: “Já temos planos e ideias de como faremos para estar na Coreia e, desta vez, tentando envolver mais jovens que fazem parte da Região Sul-americana Nossa Senhora Mãe dos Migrantes”, conclui.