Entre 2016 e 2025, a quantidade de pessoas deslocadas à força deve quase dobrar, de acordo com as projeções do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Se em 2016 eram 67 milhões de indivíduos nessa condição, a estimativa é que esse número atinja aproximadamente 140 milhões até 2025, configurando-se como a décima maior população do mundo.
O "Relatório de Impacto 2024: Resposta a Novas Emergências e Crises Prolongadas" revela que a agência declarou 26 novas emergências no último ano, sendo sete delas classificadas como de maior gravidade. A maior parte dessas crises foi provocada por eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e inundações severas, o que resultou na declaração de um número recorde de nove emergências climáticas. Esse índice representa cerca de um terço de todas as emergências registradas em 2024, afetando comunidades vulneráveis na África, Ásia e América Latina.
Esses desastres não apenas devastaram os meios de subsistência, mas também exacerbam surtos de doenças e destruíram infraestruturas essenciais, deixando milhões de pessoas em condições ainda mais precárias.
À medida que as crises humanitárias se intensificam, a necessidade urgente de respostas mais eficazes e solidariedade internacional se torna cada vez mais premente. O número crescente de deslocados à força exige uma ação coordenada e sustentável, que leve em conta as mudanças climáticas, os conflitos prolongados e as vulnerabilidades sistêmicas que ampliam o sofrimento dessas populações. A comunidade internacional deve se unir para enfrentar esse desafio global de forma estratégica e eficaz, garantindo proteção e dignidade a todos os afetados.
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.
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