
De acordo com a pesquisa Migração no Brasil, entre janeiro de 2010 e setembro de 2024, o país registrou 1.718.535 Registros Migratórios. Os dados foram disponibilizados pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os Registros Migratórios correspondem a estrangeiros que obtiveram autorização de residência no Brasil. Esses registros são classificados em três categorias: residentes com autorização permanente; residentes temporários com permissão por prazo determinado e migrantes fronteiriços, cidadãos de países vizinhos que mantêm residência habitual em municípios situados nas áreas de fronteira do Brasil.
Em relação ao gênero, os dados indicam que a maioria dos migrantes são homens, com 1.027.554 registros, enquanto o número de mulheres é de 690.750. A categoria "Não Especificado" soma 231 registros.
A pesquisa também aponta a distribuição etária dos migrantes. A faixa etária de 25 a 40 anos representa a maior parte, com 669.074 registros, o que corresponde a 38,9% do total. Seguem-se os migrantes nas faixas de 0 a 15 anos (35.504 registros), 15 a 25 anos (34.300 registros), 40 a 65 anos (24.828 registros) e, por último, a faixa etária acima de 65 anos, com 2.400 registros.
Entre as nacionalidades, os venezuelanos são os mais representados, com 509.010 registros. Destacam-se também migrantes oriundos do Haiti (183.748), da Bolívia (112.435) e da Argentina (70.630).
Em termos de distribuição regional, a Região Sudeste concentra o maior número de Registros Migratórios, com 720.773, destacando-se São Paulo, com 486.306 registros. Na sequência temos as regiões Sul (412.027), Norte (338.992), Nordeste (120.168) e Centro-Oeste (109.325).
O estudo sobre a migração no Brasil revela não apenas a crescente presença de estrangeiros no país, mas também o papel fundamental do Brasil como destino de refugiados e migrantes, especialmente vindos de países como Venezuela e Haiti. Esses dados refletem um Brasil cada vez mais plural e integrado, enfatizando a importância da migração no contexto social e econômico nacional.
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.
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