
Estamos acompanhando as notícias de como o desespero vem encontrando espaço no coração da humanidade neste ano de 2025: guerras, conflitos, descontentamentos e desastres naturais. Diante deste cenário desesperador urge a necessidade de evidenciar a importância da virtude da esperança como um antidoto para combater a desconfiança, o desanimo, o pessimismo e o cansaço que cercam o ser humano como um leão querendo devorá-lo.
Em suas homilias, mensagens e discursos o Papa Leão XIV nos convida ordinariamente a crescer na esperança que vem do Senhor: somos chamados a criar novos sinais de esperança, assim nos exorta o Sumo Pontífice com a mensagem para o 9° Dia Mundial dos Pobres que será celebrado em 16 de novembro próximo: "Tu és a minha esperança" é o tema da mensagem. Nesta mensagem afirma o Papa: “Reconhecendo que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a esperança que permanece. As riquezas são relativizadas perante o desejo de ter Deus como companheiro de caminho porque se descobre o verdadeiro tesouro de que realmente precisamos".
Para nós cristãos a esperança nasce da fé. Esta virtude não depende da força humana, mas da fidelidade de Deus a sua promessa. Assim escreve Leão XIV: “A esperança cristã é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós”, tal virtude nasce da fé, que a alimenta e sustenta.
O Papa nos convida a percebemos alguns sinais de esperança, muitas vezes ocultos, aos quais talvez não prestemos atenção, mas que são muito importantes. Para nós Scalabrinianos evidenciamos a Missão Paz, o Instituto Cristóvão Colombo, o Centro de Apoio ao Migrante em Cuiabá, entre tantos outros que são exemplos para vencer a indiferença e provocar o empenho nas diversas formas de acolhida, hospitalidade e caridade, que é a mãe de todas as virtudes.
Continuamente no contexto do Ano Jubilar o Papa Leão XIV vem nos convidando a renovar-nos na esperança, porque como amava repetir o Papa Francisco a esperança não decepciona. Assim falou Leão XIV aos bispos da Igreja Greco-Católica Ucraniana: "Certamente, no contexto histórico atual, não é fácil falar de esperança a vocês, um povo que perdeu entes queridos nesta guerra insensata, irmãos cuja vida foi arrancada desta terra, mas acolhida por Deus".
Sabemos que a esperança vem do Senhor, conforme evidenciamos nas linhas anteriores. E também algumas pessoas são para nós sinais de esperança, assim como o próprio Papa Leão XIV. Sua recente eleição foi um sinal concreto desta virtude neste Ano Jubilar. Ele oferece uma esperança que vai além da administração interna da Igreja, sua liderança navega como pacificador dos vários conflitos geopolíticos existentes, fazendo chegar nesses lugares sua voz que pede justiça e paz.
Nos juntemos com esperança ao Papa Leão XIV para que esta virtude cresça também em nós, e consigamos por meio da pastoral e da prática da fé nos aproximarmos mais de Deus e ancorados Nele darmos um testemunho de que Ele é a nossa primeira e única esperança – esta virtude vem do Senhor – e assim navegarmos nos mares combatendo a desconfiança, o desanimo, o pessimismo e o cansaço, porque a esperança não decepciona.
Texto: Pe. Carlos Alberto do Carmo Barbosa, CS.
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