Celebrando o 33º Dia Mundial do Doente: Peregrinos de Esperança ao lado dos migrantes

No 33º Dia Mundial do Doente, celebrando o Ano Jubilar, somos convidados a refletir sobre a esperança como um dom inestimável. O Papa Francisco nos lembra as palavras de São Paulo: "A esperança não engana" (Rm 5, 5). Em tempos de sofrimento e incerteza, essa mensagem nos fortalece, especialmente quando enfrentamos desafios profundos e dolorosos, como as doenças graves, que podem nos fragilizar física, emocional e espiritualmente.

Esse dia nos chama a reconhecer o sofrimento humano como uma oportunidade para o encontro, o dom e a partilha – três pilares que sustentam nossa jornada de fé, tanto na dor quanto na esperança. E, ao refletirmos sobre essas palavras, podemos também relacioná-las com o Carisma Scalabriniano.

O Encontro com o migrante: Um sinal de esperança

Quando Jesus envia seus discípulos para curar os doentes e anunciar que "o Reino de Deus já está próximo de vós" (Lc 10, 9), Ele nos ensina sobre a importância de estar presente nos momentos de fragilidade. A presença ao lado dos migrantes é uma forma de viver este encontro transformador. Esses irmãos que estão em mobilidade, muitas vezes forçados a deixar suas terras e famílias em busca de uma nova vida, são pessoas que, como os doentes, carregam consigo grandes dores e desafios. Porém, é nesse encontro, marcado pela empatia e compaixão, que se descobre a verdadeira esperança, a força para seguir em frente.

Devemos ser uma ponte para o encontro com Cristo, levando aos migrantes não apenas assistência física, mas também um apoio espiritual profundo. A acolhida não é apenas uma ação, mas um compromisso com a dignidade humana, que reflete a proximidade e a compaixão de Deus.

O Dom de Acolher: Cuidando com amor

O Papa Francisco fala sobre como o sofrimento nos faz perceber que a verdadeira esperança vem do Senhor, sendo um dom que devemos cultivar. Tendo como inspiração o Carisma de São João Batista Scalabrini, é preciso oferecer aos migrantes a oportunidade de uma nova vida, longe das dores e incertezas que enfrentaram ao longo de suas jornadas.

Esse dom não é apenas material, mas espiritual. Oferecer um espaço onde os migrantes podem reencontrar a sua dignidade e a sua fé se faz necessário para o encontro verdadeiro com a Esperança que vem do Senhor. Em um mundo marcado pela instabilidade e pela exclusão, a acolhida humanitária é um lembrete constante de que, apesar das dificuldades, a esperança nunca falha e sempre leva à ressurreição, como nos ensina a Páscoa de Cristo.

A Partilha: Construindo um mundo de solidariedade

Em seu pontificado, o Papa Francisco nos fala frequentemente sobre a importância da partilha e da solidariedade. Nos lugares de sofrimento, como hospitais ou campos de refugiados, a partilha de experiências, de cuidados e de compaixão cria um espaço de cura. Partilhar não apenas recursos, mas também momentos de acolhimento e escuta, é reconhecer a presença de Deus em cada migrante que cruza nosso caminho.

Em um mundo onde muitas vezes a solidão e o desamparo marcam a vida dos migrantes, devemos expressar de forma concreta o amor e a solidariedade que o Papa Francisco nos convida a viver. Seja através de centros de acolhimento, ações de proteção e defesa ou programas de integração social, a Congregação dos Missionários de São Carlos - Scalabrinianos oferece mais do que ajuda material: oferece um espaço onde a partilha da fé, da coragem e da esperança é o alicerce para a transformação de vidas.

A Missão dos Scalabrinianos e o Dia Mundial do Doente

Neste Dia Mundial do Doente, ao refletirmos sobre o sofrimento e a esperança, podemos ver como o Carisma Scalabriniano se conecta com a mensagem do Papa Francisco. Assim como a Igreja se torna um lugar de acolhida para aqueles que sofrem, os Scalabrinianos, em sua missão com os migrantes, tornam-se um sinal visível de que, em Cristo, a dor não é o fim, mas o começo de uma nova oportunidade para a vida, para a dignidade e para a esperança.

O Dia Mundial do Doente nos lembra que, na fragilidade e no sofrimento, Deus se faz presente. Os migrantes, muitas vezes à margem da sociedade, encontram na solidariedade e no amor dos Scalabrinianos uma resposta concreta a suas necessidades. Como o Papa Francisco diz, "os lugares onde se sofre são frequentemente espaços de partilha", e os migrantes são constantemente chamados a compartilhar suas histórias, esperanças e desafios com aqueles dispostos a ouvir e ajudar.

Leia a mensagem do Papa Francisco para o 33º Mundial dos Doentes, clique aqui.


Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.

Foto: Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Intergral.

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