Pastoral do Migrante – Missão Scalabrini marca presença em Coletiva de Imprensa da Arquidiocese de Florianópolis sobre Campanha da Fraternidade 2024

A Pastoral do Migrante – Missão Scalabrini do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participou da Coletiva de Imprensa da Arquidiocese de Florianópolis sobre a Campanha da Fraternidade 2024, que foi lançada na quarta-feira, dia 14, na Arquidiocese de Florianópolis. Tendo como inspiração a Encíclica do Papa Francisco, Fratelli Tutti, a temática deste ano enfoca “Fraternidade e Amizade Social”, tendo como lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8).

A mesa da coletiva de imprensa contou com a presença das seguintes autoridades: Dom Wilson Tadeu Jönck, Arcebispo de Florianópolis, Pe. Gabriel Battistella, CS, Coordenador Regional da Pastoral do Migrante da CNBB Sul 4, Fabiola Goulart, assessora de imprensa da Arquidiocese de Florianópolis, Pe. Gilson Meurer, doutor em Teologia Bíblica e reitor do Seminário Convívio Emaús, José Francisco dos Santos, doutor em Filosofia e professor, e Mariele Letícia Gomes Magalhães, técnica em Projetos Sociais pelo Conselho Gestor do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade.

Na Coletiva, Dom Wilson Tadeu Jonck destacou que somos todos migrantes: “Os seres humanos sempre mudaram de lugar e, talvez, hoje até mais de que em outros tempos. A migração é uma grande realidade. Aprender a receber os migrantes como amigos é um chamado que a campanha da fraternidade não quer esquecer”.

Em seguida, Pe. Gabriel Battistella, CS, acrescentou que: “a amizade social é o amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço. Quando trazemos a abordagem geográfica para a temática da Campanha da Fraternidade, é fundamental falarmos sobre a migração. E, em tempos de extremismos, intolerância e xenofobia é crucial falarmos sobre amizade social.”

Padre Gabriel enfatizou ainda sobre o conceito de altero-fobia, como sendo um diagnóstico dos dias atuais. Segundo ele, a sociedade está vivendo um momento de altero-fobia, ou seja, medo do outro, medo do diferente, medo do que não é familiar. E, assim sendo, algumas vezes, tudo isso resulta em violência, exclusão, ódio, xenofobia e preconceito.

“Nessa esfera, muitas pessoas encontram-se a margem da sociedade, pois nem sempre tem poder de fala. A cultura do descarte, faz com que muitos fiquem a margem, são aqueles que são taxados como improdutivos, outros como ineficazes para a sociedade, os migrantes estão dentro da categoria dos excluídos. Porém, vale lembrar que, Santa Catarina é um estado colonizado por migrantes, nossos alimentos tradicionais, cultura e língua derivam da união de diversas nacionalidades de migrantes que aqui escolheram residir.”

“A migração é algo estrutural, seres humanos vivem em movimento e a globalização veio para acentuar ainda mais essa movimentação; isso é algo positivo pois a migração está para construir”, finaliza.

Texto produzido com informações de Samantha Dias, secretária executiva e mídia social da Missão Scalabrini Florianópolis.

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