
De dezembro de 2019 a junho de 2025, mais de 55.977 migrantes e refugiados foram beneficiados com ações de empregabilidade, capacitação profissional, aprendizado da língua portuguesa e inserção territorial. Os dados são do relatório da OIM, intitulado “Oportunidades no Brasil”.
A pesquisa abrange regiões com grande fluxo migratório, como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e Pernambuco. Segundo o levantamento, mais de 9.400 migrantes foram contratados, sendo 6.248 por meio de vagas de emprego sinalizadas (VES) ou oportunidade locais. Os setores com maior absorção da mão de obra foram a indústria (50%) e o comércio (26%). Do total de contratações, 68% são homens e 32% mulheres.
Além da inserção no mercado formal, a pesquisa apresentou os números de capacitações para pessoas em mobilidade humana. Foram realizados:
- 8.458 cursos profissionalizantes;
- 8.209 cursos de língua portuguesa;
- 6.529 treinamentos de empreendedorismo;
- 6.778 capacitações sobre recrutamento no setor privado;
- 48.076 formações para atores públicos e da sociedade civil.
A maioria dos beneficiários é de nacionalidade venezuelana (89%), seguida por haitianos (4%), angolanos (2%), cubanos (2%) e outras nacionalidades (3%). Quanto ao perfil de gênero, 67% são homens, 28% mulheres e 5% se identificam com outros marcadores de identidade.
De acordo com a OIM, os resultados demonstram que ações coordenadas entre o setor público, a sociedade civil agências internacionais são fundamentais para garantir dignidade, autonomia e oportunidade às populações migrantes, especialmente diante dos desafios impostos pela migração forçada e pelas condições precárias de mobilidade humana na América Latina.
Texto: Vitor da Cruz Azevedo, Setor de Conteúdo do Departamento Regional de Comunicação.
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